19 de março de 2009 | 10h39
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) derrubou os pedidos de prisão temporária expedidos pela juíza Sueli Juarez Alonso, da Vara da Infância e Juventude de Catanduva (SP), contra dois suspeitos de abusar sexualmente de crianças da cidade. Estão foragidos um empresário e um médico da cidade.
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Os dois suspeitos estão foragidos e, agora, não podem mais ser detidos. Contudo, ambos foram intimados a depor na segunda sessão da audiência pública da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia de Catanduva, que acontece nesta quinta-feira, 19.
A decisão do TJ foi anunciada na tarde da quarta-feira, 18, e causou revolta em senadores integrantes da CPI e em mães de supostas vítimas que acompanhavam o primeiro dia de audiência.
Magno Malta (PR-ES), presidente da CPI, interrompeu o depoimento de uma das testemunhas, convocada por ser namorada de um dos foragidos, para comentar a decisão do tribunal: "Isso é lamentável, vergonhoso e indecente", disse ele.
"O pedido de prisão dos dois tem mais fundamento do que o dos que estão presos, mas os outros são pobres", complementou o senador, citando os outros seis suspeitos detidos por suspeita de integrarem uma rede pedofilia em Catanduva.
Assim que foi anunciada a notícia, mães de supostas vítimas não se contiveram na plenária. Seis mulheres vestidas de preto avançaram sobre a testemunha ligada a um dos foragidos tentando agredi-la.
"Eles têm dinheiro. É por isso", gritavam, enquanto eram contidas por policiais militares que estavam na Câmara Municipal de Catanduva. Nenhuma mãe ficou ferida. A testemunha teve que deixar a Câmara escoltada pela PM.
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