Dois PMs são agredidos por usuários de droga na cracolândia

Policiais dizem ter sido atingidos por pedras e cacos de vidro; dois suspeitos foram detidos

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Por Jair Stangler
Atualização:

SÃO PAULO - Dois policiais militares do 7.º Batalhão foram agredidos na madrugada desta segunda-feira, 16, enquanto patrulhavam a região da cracolândia, no centro de São Paulo.

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De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 77.º Distrito Policial, os PMs Emerson Lúcio Correia e Claudenir Fernandes da Silva faziam patrulhamento de rotina quando se aproximaram de um grupo de pessoas para averiguação.

Nesse momento, algumas pessoas fugiram e os policiais detiveram o desempregado Diego da Silva Castilho. Logo depois, a desempregada Tamara Regiane Aparecida Xavier voltou, na versão do policial Correia, com "mais algumas pessoas". Já Silva disse que ela voltou apenas com Sales Pereira Júnior. Foi quando teriam acontecido as agressões. Segundo o BO, Emerson teria sido ferido no joelho e no rosto.

De acordo com a Assessoria de Imprensa da Polícia Militar, havia cerca de 100 pessoas no local, que jogaram pedras e cacos de vidro contra os policiais. Além de ter sido agredido no joelho e no rosto, o policial Correia também teria tido a farda rasgada.

A multidão se dispersou após a chegada de viaturas. Castilho, Tamara e Pereira Júnior foram indiciados por lesão corporal, desobediência e resistência à prisão. Eles foram os únicos detidos e afirmaram que só se pronunciariam sobre o ocorrido em juízo. Depois do indiciamento, os três foram liberados.

Balanço. Duas semanas depois de iniciada a Operação Centro Legal, no dia 3, as prisões de traficantes na cracolândia já correspondem a mais da metade do total de detenções do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) na região em todo o ano passado. No balanço divulgado nesta segunda constam 107 presos - foram 200 no ano passado.

Segundo o coronel Wagner Rodrigues, que comanda a PM no centro, se o começo foi confuso, com denúncias de violência e tiros de borracha, essa semana começou mais calma. "Diminuiu a sensação de insegurança e podemos medir isso pelo serviço 190. Nos cinco primeiros dias, aumentaram muito as denúncias e ocorrências, que agora voltaram a cair."

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