
14 de novembro de 2010 | 00h00
"Minha mãe lembrava sempre que, marcadas nessas páginas, estava parte de nossa história que não voltaria. Guardamos tão bem o material que não sabíamos o que fazer com ele." O diário foi achado após a Guerra na casa da família Dublon, em Bruxelas, por Max Moda, tio de Lore. Nos anos 1950, ele o enviou à família de Ruben, que vivia em Montevidéu, no Uruguai. Em casa, o diário era chamado de "caderno dos namoros de Lore". "Era uma forma carinhosa de lembrar dela, da menina alegre que foi. Minha mãe citava Lore e Eva todo dia."
Após visitar o Museu Yad Vashem, em Israel, o engenheiro decidiu que essa história devia ser contada. "Vai fazer Lore e sua família reviverem. Nunca nos conformamos em perdê-los." Ruben perdeu avós, tios e primas nos campos de Auschwitz e Theresienstadt .
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