15 de janeiro de 2011 | 00h00
"Fui trabalhar e quando voltei não tinha mais casa, mulher, filho. Se soubesse, não tinha saído. Ou salvava ou ia com eles", lamentava Jorge da Silva Freitas, de 60 anos. Para ter "o último contato" com a família, ele passou a noite esperando os bombeiros, que, depois de aparecerem, foram rapidamente embora. "Disseram que estão dando prioridade para onde haja vítimas vivas." Segundo Jorge, o morro que desabou sobre o condomínio, construído na parte plana do terreno, era uma reserva que nunca havia sido desmatada. Ontem, Conquista continuava sem energia, telefone e água. Em outros dois bairros, Campo do Coelho e Córrego Dantas, a apreensão era com a falta de alimentos. O vice-governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, prometeu enviar helicópteros com especialistas em rapel para fornecer mantimentos à população em locais de difícil acesso.
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