22 de julho de 2013 | 02h02
"Quero dar minha contribuição e espero que minhas ideias sejam aceitas pelo professor Grandino e por toda a comunidade", disse ele ao Estado. "Sou professor há 40 anos, com passagens por todos os cargos e comissões administrativas e, por isso, me sinto preparado."
Na eleição para reitor da USP, qualquer professor titular pode ser eleito, mesmo sem oficializar candidatura. A ideia de Cardoso é iniciar sua campanha realizando visitas às unidades da universidade.
A campanha ocorrerá no momento em que há um debate sobre mudanças no modo de escolha do reitor, processo aberto por Rodas no início do mês. Cardoso se diz favorável à eleição direta para o cargo. "Um processo que toda a comunidade participe é o mais adequado."
O professor afirmou que o fortalecimento na graduação e também o avanço do ensino online serão algumas de suas bandeiras. Ele também defende a busca por outras fontes de financiamento da universidade. "A Poli conseguiu muitos recursos do setor produtivo e toda as unidades têm condições de fazer, como ocorre em universidades no mundo todo." A entrada de dinheiro privado sempre foi uma questão delicada na USP.
Cotado. Em conversas com interlocutores na USP, o nome de Cardoso já aparecia como possível candidato nos últimos meses - ao lado dos pró-reitores Marco Antonio Zago (Pesquisa), Vahan Agopyan (Pós-graduação) e do vice-reitor, Helio Cruz. Antes crítico incisivo de cotas, Cardoso foi um dos docentes que diminuíram o tom das críticas quando o projeto de inclusão feito pelo governo e reitores de universidades estaduais foi apresentado.
Após meses de debate, a USP aprovou aumento de bônus e metas de inclusão de alunos de escola pública e negros. Cardoso afirma que, se eleito, haverá acompanhamento dessas metas e, se necessário, revisão dos mecanismos.
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