18 de outubro de 2010 | 00h00
O balanço corresponde aos 24 dossiês produzidos entre agosto de 2009 e agosto deste ano. O laboratório é fruto de parceria entre o Ministério da Justiça e a Polícia Civil paulista. Os documentos revelaram que mais da metade dos bens e do dinheiro localizado está nas mãos de pessoas supostamente ligadas ao PCC, a exemplo do candidato a deputado Claudinei Alves dos Santos, o Ney Santos (PSC).
A facção recorre principalmente a contas bancárias abertas em nomes de familiares e "laranjas". "Você vai ver e a pessoa nunca trabalhou, não tem nada, não contribui para o INSS e tem aquele patrimônio todo", destaca o coordenador do LAB paulista, o delegado Robinson Fernandes. "Essa é a forma usual, mas eles também recorrem a lojas de carros e motocicletas para simular faturamentos."
Outros R$ 99 milhões em bens e dinheiro rastreados provêm de esquemas de narcotráfico e prostituição do exterior. "Pegamos uma rede de hotéis pertencente a um alemão que já é investigado na Alemanha e na Espanha." O LAB descobriu negócios de integrantes das máfias japonesa, italiana e russa.
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