13 de outubro de 2011 | 03h03
Em São Paulo, porém, a administração ainda usa parte da verba para despesas de custeio da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e obras de corredores de ônibus.
"Isso está errado. Se não houvesse multas, o que seria o ideal, os órgãos de trânsito fechariam?", questiona o especialista em legislação de trânsito Julyver Modesto de Araújo.
Outro problema apontado está no Fundo Municipal de Desenvolvimento do Trânsito. Criado para separar o dinheiro de multas dos outros recursos orçamentários, o fundo deveria ser destinado aos fins previstos na legislação. A Prefeitura, porém, continua colocando recursos do Tesouro no fundo e misturando o dinheiro das duas fontes - o que torna impossível saber para onde foram os recursos de multas.
A Prefeitura afirma que 5% dos recursos arrecadados com as infrações são repassados à União. "Todo o restante foi investido em sinalização, treinamento dos agentes, programas de educação no trânsito, renovação da frota da CET, monitoramento e operação do trânsito, manutenção de semáforos, serviços e projetos de engenharia de tráfego, entre outros", diz a CET, em nota.
"Para se ter uma ideia, a modernização da frota da CET vem demonstrando ano a ano uma maior agilidade no atendimento das ocorrências. O tempo de deslocamento das viaturas e a remoção de interferências nas vias caiu de 10,6 minutos em 2010 para 9,3 em 2011", afirma a companhia. / R.B. e B.R.
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