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Diminuição dos espaços residenciais começa na década de 1950

Na época, o mercado de quitinetes foi recebido por parte do público como sinal de modernização

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Por Priscila Mengue
Atualização:
Vista aérea do Edifício Copan, no centro da Capital Foto: JONNE RORIZ / AE

Com um “boom” na década de 1950, o mercado de quitinetes foi recebido por parte do público como sinal de “modernização” da cidade na época, diz o arquiteto Walter Galvão. Pesquisador sobre o Copan, ele aponta que parte do projeto original foi modificada justamente para chegar ao número de 580 quitinetes, dentre as 1.160 unidades do total. Professor de Arquitetura e Urbanismo da USP, Renato Cymbalista ressalta que a redução dos espaços residenciais ocorre, sobretudo nos últimos 20 anos, no mundo inteiro. No Japão, por exemplo, são comuns. “Antes era bacana ter casa grande, com piscina, quadra de tênis. Cada vez mais gente troca metro quadrado por localização”, diz. “Em certa medida, a ideia de racionalização do espaço é bem-vinda, mas não acredito em vida saudável em 14 metros quadrados.”  Para o professor de Arquitetura e Urbanismo da Mackenzie, Valter Caldana, a compactação dos espaços tem três razões distintas: custo, interesse do mercado e mudanças sociais, incluindo famílias menores.

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