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Desmoronamento impede resgate em pedreira

Por Zuleide de Barros
Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADOSANTOSNovo desmoronamento impediu ontem o resgate dos dois operários da empresa Max Brita que foram soterrados na manhã de terça-feira, quando cerca de 50 mil toneladas de pedras, vegetação e terra deslizaram sobre a pedreira que fica na altura do km 245 da Rodovia Rio-Santos, em Santos. Parentes das vítimas fazem orações nas proximidades e mantêm a esperança de que eles sejam encontrados vivos."Como aconteceu no Chile, quando houve o acidente na mina de carvão, acredito em Deus que meu filho tenha se salvado", dizia, esperançosa, Marinita Rodrigues, mãe de Juscelino Mendonça de Souza.Ontem, geólogos e agentes da Defesa Civil tentavam traçar uma estratégia de resgate. Até um robô foi levado por técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas, mas seu uso acabou descartado, pela extensão do local. Cães farejadores também foram recrutados. Para o coordenador da Defesa Civil de Santos, Ernesto Tabuchi, a hipótese mais viável para explicar o desmoronamento é o excesso de chuva. "A água foi se acumulando no paredão da rocha, que tem muitas fraturas, causando pressão e concorrendo para o desplacamento." Ontem, um caminhão permanecia pendurado na parte de cima da pedreira e um trator também era visto no topo da rocha. Durante o desmoronamento, o motorista do caminhão, assim como o operador da retroescavadeira, conseguiram se salvar, após escalarem a encosta. "Só a misericórdia de Deus mesmo para explicar como nos salvamos", afirmou o motorista Clayton Santos, de 28 anos.A empresa, que explora a pedreira desde os anos 1970, garantiu que tem dado todo o apoio às famílias das vítimas e disponibilizou assistentes sociais e psicólogas para acompanhá-los, bem como aos demais funcionários.

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