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Desfiles do último dia ousaram com estação

Com calças de couro, vestidos de lã e capas, estilistas mostraram que a moda está menos dividida por fases do ano

Por Valéria França
Atualização:

O desfile mais aguardado dessa temporada era o de Pedro Lourenço. Filho dos estilistas Reinaldo Lourenço e Gloria Coelho, ele estreou nesta edição com sua grife na SPFW, em seu último dia. Na coleção, os mesmos modelos ganhavam variações para culturas diferentes. O vestido tubo, por exemplo, surgiu com gola careca e com um decote menos recatado para agradar, respectivamente, ingleses e americanos. Usar tecidos variados para o mesmo modelo (como seda e jérsei de seda em uma camiseta) foi o jeito de dar alternativas de preços. "Na loja, os clientes vão encontrar peças de R$ 200 a R$ 10 mil", disse Pedro. No último dia da SPFW, mostrou que a moda está cada vez menos separada por estações. Na coleção de Pedro havia calças cigarretes de couro; na de Fernanda Yamamoto, calças e vestidos de lã. João Pimenta mostrou capas de tafetá longas, que parecem impossíveis de se usar no verão. "Uso o tecido mais apropriado ao modelo. Não me prendo à estação", disse Pimenta. Na passarela, muita pesquisa de textura e novas tramas. O ponto alto foi o desfile de Ronaldo Fraga: em referência aos anos 1930, fez o desenho de um pierrô construído com os fios do tecido. Já André Lima apostou no grafismo preto e branco sobre a seda.

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