
28 de janeiro de 2013 | 02h06
Perto do meio-dia, alguns corpos começaram a ser reconhecidos por parentes e amigos. Por volta das 14 horas, a fila para entrar no centro desportivo dava a volta no quarteirão. Entre os amigos apreensivos atrás de vítimas estava o professor de dança Fernando Serpa, de 27 anos. Ele foi até o ginásio para reconhecer os corpos de quatro jovens da equipe de dança de sua academia.
Segundo Serpa, ele e as garotas estavam em um aniversário antes de elas irem para a boate. O professor afirma que insistiu para que elas não fossem e ainda conseguiu "segurá-las" até a 1h30, o que não foi suficiente para impedir que as quatro fossem para a Kiss.
Ao ficar sabendo do incêndio, Serpa entrou em pânico e correu até o local. Ao ver a impossibilidade de se aproximar, foi até o estacionamento da boate para procurar o carro de uma das amigas. Ele disse ter se desesperado quando viu que o veículo estava no local e conseguiu confirmar a presença das garotas na boate.
O professor contou que uma das amigas tinha um filho pequeno. "Não sei como vai ser daqui para frente, como será a vida dele", disse. / CAMILA CUNHA, ESPECIAL PARA O ESTADO
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