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Demolição em Higienópolis termina e fiscalização não chega

Queixas contra barulhos de obras estão na terceira posição entre chamados mais comuns, atrás de serviços e bares

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Por Marco Antônio Carvalho
Atualização:

SÃO PAULO - O advogado Fernando Hollanda procurou o Programa de Silêncio Urbano (Psiu) por causa do barulho de uma obra perto de seu apartamento, em Higienópolis, zona oeste da capital. As primeiras queixas foram feitas em novembro. Hollanda, porém, não teve retorno positivo. "Deram prazo de 40 dias. É ridículo." As denúncias também não surtiram efeito. "A fase de demolição da obra já acabou." Queixas contra barulhos de obras estão na terceira posição (representando 13%) entre chamados mais comuns, atrás de serviços (17,7%), como oficinas e lava jatos, e bares (32%). O diretor do Psiu, José Eduardo Canhadas, negou que o programa informe prazos tão longos de atendimento às pessoas. "Geralmente, damos a informação de que vamos tentar na próxima semana ou quinzena." Segundo ele, a data de fiscalização é sigilosa para não atrapalhar o flagrante da irregularidade. Segundo a historiadora Celia Azevedo, de 63 anos, e o marido, o professor Josué Pereira da Silva, de 63, a denúncia que fizeram em setembro ao Psiu sobre uma nova casa noturna na vizinhança, em Pinheiros, zona oeste, também não obteve solução. O problema persiste até hoje. "É um barulho de bate-estaca que parece ser dentro do meu quarto de tão alto. A gente não dorme", contou Celia. Para o engenheiro Fernando Henrique Aidar, especialista em controle de ruídos, são necessárias ações mais enérgicas. "A Prefeitura poderá ser mais exigente quanto à aprovação de operação dos bares apenas dando o habite-se após ensaios de avaliação do ruído emanado para a circunvizinhança."

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