
25 de março de 2018 | 03h00
Atrás de um armazém antigo na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, está instalada uma das duas únicas fabricantes de vinil de todo o País. Nela, uma equipe de 13 funcionários trabalha a partir da produção de duas prensas adquiridas de um ferro-velho há quatro anos. O resultado? O registro de alguns dos trabalhos mais comentados na cena musical, como A Mulher do Fim do Mundo, de Elza Soares, e MM3, do Metá Metá.
Lançada em 2016, a Vinil Brasil surgiu após o músico Michel Nath, de 41 anos, ter dificuldades para lançar seu próprio disco em vinil – SolarSoul, o primeiro e o único –, e perceber que havia uma
A divulgação do álbum (e a carreira musical) acabou em segundo plano diante dos “perrengues” de empreender pela primeira vez – o que incluiu encontrar profissionais que conhecessem o processo de produção.
“O ‘know-how quase se foi. Estava em vídeos, livros, mas principalmente em pessoas”, afirma ao se referir, por exemplo, a um funcionário já sexagenário que trabalhou na produção de vinil décadas atrás.
Parte das etapas e das peças necessárias para o processo dar certo precisaram ser criadas pela Vinil Brasil – tanto que ele nem divulga algumas etapas de fabricação. A produção é 100% analógica, com o som transposto do ‘tape’ para o disco. “Aqui a gente lida com questões muito reais. Os discos saem literalmente girando por aí, mexendo com a vida das pessoas.”
A outra fabricante brasileira é a Polysom, empresa reaberta em 2010 após passar três anos fechada. Em 2017, produziu cerca de 94 mil discos.
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