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Delegados não descartam atuação de milícias em ações

Por Bastidores: Pedro Dantas
Atualização:

O método de atuação dos bandidos nos ataques contra motoristas intriga alguns delegados da Polícia Civil do Rio. Eles não descartam a participação de policiais militares insatisfeitos ou ligados às milícias. Apenas objetos de pouco valor e documentos têm sido roubados dos motoristas nas ações e, de acordo com as testemunhas, os criminosos agem com calma e "são bem vestidos". "Eles fecharam a pista e mandaram que eu descesse do carro. Não roubaram nada", contou ontem um motorista. No entanto, a tese do governo do Rio é que os ataques são orquestrados por traficantes.Investigações da 15.ª Delegacia de Polícia Civil da Gávea mostram que pelo menos os assaltos aos motoristas na zona sul do Rio não têm ligação com a suposta represália de traficantes. No domingo, o bando já identificado de assaltantes do Catumbi (zona norte) assaltou motoristas na Lagoa e em Laranjeiras, nas imediações do Palácio Guanabara. O mesmo grupo agiu na zona sul em 2008. Na época, a polícia recebeu informações de que a quadrilha agia a mando de um grupo interessado em vender segurança privada aos moradores, mas nada foi comprovado. A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) já instaurou um inquérito para apurar a atuação de milícias na zona sul.

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