Delegado rebate versão de Mizael Bispo e traz novas acusações

Antonio de Olin afirma que ex-namorado de Mércia estava a 10 km de onde deixou seu carro

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Por Eduardo Roberto
Atualização:

GUARULHOS - Sob gritos de "justiça", "cadeia para Mizael" e apitaços de populares, o delegado do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Antonio de Olin deixou o Fórum de Guarulhos na tarde desta terça-feira, 19, após prestar depoimento por cerca de duras horas e meia, no segundo dia de audiência sobre a morte da advogada Mércia Nakashima.

 

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Em seu relato - o mais longo até agora -, o delegado procurou desmontar a tese de defesa de Mizael Bispo, ex-namorado da vítima. O policial militar aposentado alega que estava com uma prostituta durante o momento do crime, em 23 de maio. No depoimento, o delegado afirmou que Mizael queria pagar uma ex-namorada para que ela sustentasse o álibi.

 

Os dados do rastreamento do carro e do celular de Mizael, segundo Olin, também negam essa hipótese. Pelas informações colhidas na investigação, o acusado teria recebido em seu telefone uma ligação de sua filha por volta das 21h20. No momento do telefonema, ele estaria a aproximadamente 10 quilômetros do local onde estava seu carro, na Avenida Perimetral, em Guarulhos, no estacionamento do Hospital Geral da cidade.

 

Olin também questionou o fato de Mizael ter declarado à polícia que possui cinco linhas de celular, com números passados à investigação. No depoimento, o delegado afirmou que na verdade são seis linhas - segundo o depoente, a não declarada foi usada apenas no dia da morte de Mércia.

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