14 de setembro de 2013 | 02h10
O delegado Silvan Rodney Pereira - primeiro responsável pela investigação da morte da jovem Tayná Adriane, de 14 anos, no fim de junho, no Paraná - foi intimado pela Justiça, juntamente com outros dez policiais, a ceder material genético que será comparado com o sêmen encontrado na roupa da garota.
Pereira e os outros policiais estão presos sob a acusação de torturar quatro jovens para que eles confessassem o assassinato e o estupro da menina, ocorridos em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba.
Em entrevista à TV Bandeirantes, o delegado disse que não confia no Instituto Médico-Legal (IML) nem na Polícia Científica. Mas garantiu que não se recusará a fazer o exame. "Por mim, eu não forneceria o material, mas vou fazer o exame para evitar especulação da minha parte", declarou.
O delegado também criticou o governador Beto Richa (PSDB) e disse que ele os havia abandonado. "O governador nos abandonou, não vemos nenhuma atitude por parte dele, em nenhum sentido."
Pronunciamento. Recentemente, Richa fez um pronunciamento bastante contundente sobre o caso de Tayná. "Nosso governo não admite nenhum tipo de desvio de conduta, somos intolerantes com esse tipo de situação e vamos dar uma resposta à sociedade", comentou o governador.
Os quatro rapazes que haviam sido presos estão sob o programa de Proteção à Testemunha, fora do Paraná, mas ainda permanecem como suspeitos.
Tayná desapareceu no dia 25 de junho e seu corpo foi encontrado três dias depois. A garota foi vítima de estrangulamento e havia sêmen em suas roupas.
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