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Delegado diz ter indícios para incriminar goleiro

Por meio da quebra de sigilo telefônico de suspeitos no caso, a polícia cruza ligações feitas entre eles

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Por Redação
Atualização:

"A Polícia Civil de Minas tem provas suficientes para incriminar o goleiro Bruno Fernandes pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da modelo Eliza Samudio, de 25 anos", disse ontem o delegado Edson Moreira, que preside o inquérito sobre o desaparecimento da ex-amante do atleta. Moreira disse que, por meio da quebra de sigilo telefônico dos suspeitos, investigadores estão cruzando ligações feitas entre eles. Os registros do GPS da Ranger Rover de Bruno, onde foi encontrado sangue de Eliza, devem apontar a trajetória feita nos dias em que ela foi sequestrada e mantida em cativeiro, entre 4 e 8 de junho. Uma das provas mais importantes pode estar em um computador portátil de Luiz Henrique Romão, o Macarrão, braço direito do goleiro, apreendido na casa do atleta no Rio de Janeiro.As provas que a polícia tem somente serão divulgadas no fim do relatório do inquérito, previsto para semana que vem. O laudo de algumas perícias, análise de documentos e materiais recolhidos em locais de buscas são fundamentais para conclusão do inquérito. Durante acareação na terça-feira entre J., de 17 anos, e Sérgio Rosa Sales - suspeitos de envolvimento no crime -, o menor, primo de Bruno e considerado testemunha importante do caso, disse ter mentido nos outros depoimentos feitos à polícia e afirmou não ter visto a modelo ser assassinada. Em depoimentos anteriores às polícias de Minas e do Rio, J. afirmara ter presenciado a cena do crime e visto a mão de Eliza ser jogada aos cães. Ele agora disse ter inventado tudo porque estava sob efeito de drogas e teria sido pressionado por uma delegada a dizer qualquer coisa, caso contrário, seria internado por seis anos ou mais. Apesar da mudança do depoimento, a polícia acredita que a acareação foi favorável e proveitosa, conforme afirmou o delegado Edson Moreira.

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