Delegado diz que 'deve prevalecer versão da polícia' no caso de estoquista baleado

Nesta quinta-feira, 13, delegado ouviu mais quatro policiais militares. Inquérito ainda não foi concluído

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Por Laura Maia de Castro
Atualização:

SÃO PAULO - O delegado titular do 4.° DP (Consolação), José Gonzaga Marques, afirmou nesta quinta-feira, 13, que "deve prevalecer a versão da Polícia Militar" no caso do estoquista baleado após o protesto Não Vai Ter Copa. Nesta quinta, mais quatro PMs que participaram da perseguição de Fabrício Chaves, de 22 anos, foram ouvidos pela Polícia Civil.

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Segundo o delegado, os policiais reafirmaram a versão de que Chaves teria ameaçado os policiais com um estilete antes de ser atingido. Um frentista do posto de gasolina que aparece em imagens de câmeras de segurança também confirmou a versão, afirma Marques. O delegado ainda aguarda o resultado da perícia dos pertences do estoquista e das armas dos policiais.

Para o defensor Carlos Weis, a conclusão de que a versão da polícia deve prevalecer é precipitada. "A análise das imagens não confirma a versão dos policiais e há indícios de que houve um claro excesso e uma desproporção por parte dos PMs ao atirar em uma pessoa que tinha apenas um estilete", disse.

Em depoimento ainda na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) na Santa Casa, em Santa Cecília, Chaves afirmou que tinha sacado o estilete depois de ser atingido pelo primeiro tiro. Após passar 16 dias internados, o estoquista teve alta na segunda-feira, 10, e deve prestar novo depoimento à Polícia Civil na próxima semana.

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