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Delegado acusado de agredir cadeirante volta ao trabalho em São José

Ele havia sido afastado por 30 dias por causa da investigação e retornou para fazer trabalhos administrativos

Por Marília Lopes
Atualização:

SÃO PAULO - O delegado Damásio Marino voltou, parcialmente, ao trabalho. Ele havia sido afastado em janeiro, acusado de agredir o advogado e cadeirante Anatole Magalhães Macedo Morandini após uma discussão por uma vaga de estacionamento pública destinada à deficientes físicos, em São José dos Campos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), Marino está trabalhando em funções administrativas na Delegacia Seccional da cidade.

 

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Ele era titular do 6.º Distrito Policial, mas foi afastado por 30 dias de suas funções, por ordem do secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto, para que a agressão fosse investigada. Segundo a SSP, como o afastamento de 30 dias já terminou, Marino desempenha funções administrativas na Delegacia Seccional, cujo titular é Fábio Cesnik.

 

A Corregedoria da Polícia Civil continua a investigação do caso. Além disso, no início do mês, a Corregedoria instaurou um inquérito para investigar uma ameaça de morte à Morandini. Segundo o cadeirante, na tarde do dia 28 de janeiro ele recebeu um telefonema da Delegacia Seccional, conforme ele constatou ao ligar para o mesmo número, logo em seguida, falando que seria morto.

 

A 4.ª Vara Criminal de São José dos Campos aceitou a denuncia do Ministério Público (MP) contra o delegado, pelos crimes de injúria, ameaça e lesão corporal dolosa, todos agravados por abuso de autoridade e violação de dever inerente ao cargo.

 

A agressão ocorreu em 17 de janeiro depois de o cadeirante repreender o delegado, que não é deficiente, por estacionar na vaga especial. O delegado teria sacado uma arma e dado coronhadas em Morandini.

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