Delegacia de Santos assume inquérito sobre menina atropelada por jet ski

Por causa da complexidade do caso, inquérito será analisado pela seccional antes de ser entregue à Justiça

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Por Zuleide de Barros - O Estado de S. Paulo
Atualização:

SANTOS - Já se encontra na Delegacia Seccional de Santos o inquérito que investiga a morte da menina Grazielli Almeida Lames, de 3 anos, atropelada por um jet ski no dia 18 de fevereiro, na praia de Guaratuba, em Bertioga. O equipamento era dirigido por um adolescente de 13 anos, que após o acidente fugiu do local com a ajuda de adultos.

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Ontem, o delegado seccional Rony da Silva Oliveira afirmou que o delegado de Bertioga, Maurício Barbosa Júnior, fez tudo o que deveria ser feito. "Estamos avocando o inquérito, apenas porque temos mais condições materiais e humanas para atuar nesse caso", afirmou, lembrando que o jet ski ainda precisa ser periciado pelo Instituto de Criminalística, ação considerada fundamental para a conclusão dos trabalhos.

O seccional nega que tenha havido precipitação por parte do delegado de Bertioga, que teria anunciado na segunda-feira que ninguém seria indiciado no inquérito pela morte da criança e que o resultado seria encaminhado ontem à Justiça. "O colega está sendo muito pressionado pela imprensa e, de nenhuma forma, ele pode ser acusado de não ter dado a devida atenção às investigações, que transcorreram no devido tempo, com a oitiva de várias testemunhas, o que resultou em um inquérito com mais de 100 páginas", rebateu. Segundo informou, dez testemunhas foram ouvidas em Bertioga, incluindo os pais e um tio de Grazielly, os pais do adolescente que provocou o acidente, seus padrinhos, que são os proprietários da casa onde o menor estava hospedado e de outras pessoas que se encontravam na praia, no sábado de Carnaval, quando a tragédia aconteceu.

A menina se encontrava na beira d`água, junto com a mãe, na praia de Guaratuba, quando foi atingida na cabeça pelo jet ski. Ela chegou a ser transportada pelo helicóptero da Polícia Militar ao Hospital Municipal de Bertioga. Mas em razão do traumatismo craniano, já chegou morta. De acordo com testemunhas, outro menor, de 14 anos, acompanhava o adolescente. Este garoto ainda será ouvido, por meio de carta precatória, uma vez que reside em Mogi das Cruzes. "Acredito que, além deste garoto, umas quatro pessoas ainda poderão ser ouvidas para a conclusão do inquérito, que ainda depende da avaliação do Instituto de Criminalística", finalizou.

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