SÃO PAULO - A Prefeitura e o Ministério Público Estadual (MPE) investigam a atuação do auditor fiscal José Rodrigo de Freitas, de 54 anos, que encabeça a lista de 40 servidores suspeitos de enriquecimento ilícito da Controladoria-Geral do Município (CGM).
O servidor havia sido citado em um depoimento do auditor Luís Alexandre Cardoso de Magalhães, fiscal que assinou acordo de delação premiada com o MPE, como intermediário na liberação de um empreendimento da máfia do ISS.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo publicada ontem, entretanto, o auditor teria acumulado R$ 20 milhões em imóveis desde que tomou posse no cargo, em 1988. Seriam 55 imóveis na cidade de São Paulo, de acordo com o levantamento feito pelo jornal.
Freitas vinha sendo investigado pela CGM desde que a Controladoria cruzou a renda dos 130 mil servidores públicos e seus patrimônios. Posteriormente, foi apelidado pelos investigadores como “rei dos fiscais”.
Segundo informou ontem o prefeito Fernando Haddad (PT), outros 40 servidores “estão prestando esclarecimentos” sobre seus patrimônios. O promotor de Justiça Roberto Bodini, que lidera as investigações contra a máfia do ISS, entretanto, diz acreditar que o esquema de cobrança não era a principal fonte de renda do auditor investigado.
Freitas não foi localizado ontem em seu endereço, em Mairiporã, Grande São Paulo, para comentar as investigações. Segundo a reportagem em que é citado, o auditor negou que seus imóveis tivessem origem ilícita. Ele ainda atua como incorporador.