
28 de setembro de 2014 | 02h03
Muitos túmulos do século 19 estão em ruína, sem as lápides que informavam o nome da família e das pessoas sepultadas. É raro também encontrar vasos - a maior parte já foi furtada, segundo funcionários. As calçadas das principais vias estão esburacadas, com rachaduras, e quase nenhum segurança ou guarda-civil é visto nos 76.340 mil metros quadrados do cemitério, que passa boa parte do dia completamente vazio.
"Esperava um local mais em ordem, mas está tudo bem 'caído' por aqui. Esses tijolos nos túmulos que foram abertos deixaram tudo muito feio", disse Alencar Rodrigo Silveira, de 26 anos, mineiro de Belo Horizonte. No seu segundo dia em São Paulo, ele resolveu ir com um amigo ao cemitério, após ver as dicas no site da SPTuris.
"Muitos pedaços de mármore dos túmulos estão caindo. E também tem vários sem as placas com os nomes de quem está enterrado. Não dá para saber de quem eram túmulos lindos que vimos na parte de trás do cemitério", disse Silveira.
Obras de escultores como Victor Brecheret, Nicola Rollo, Luigi Brizzolara e Galileo Emendabili também estão deterioradas. Muitas delas estão pichadas. "Eles (ladrões) levam o que podem. Portões, vasos, jardineiras. Sempre de madrugada", disse um funcionário do cemitério que não quis se identificar. / D.Z.
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