29 de outubro de 2010 | 00h00
Eram 12h30 quando o advogado Edgard Heluany tirou o veículo da garagem do prédio na Rua Cipriano Barata. Ele iria levar Waleska para a escola, no mesmo bairro. Edgard estacionou o veículo e deixou a chave no contato. Desceu apenas para entregar um doce a uma vizinha. Waleska ficou menos de um minuto sozinha. Um homem branco e forte levou o veículo.
Luana, a outra filha, também advogada, de 27 anos, entrou em contato com um amigo da família e antigo morador do Ipiranga: o delegado Oswaldo Nico Gonçalves, supervisor do Grupo de Repressão a Roubos e Assaltos (Garra). Pelo menos cinco viaturas do Garra saíram pelo Ipiranga à procura do Hyundai. Luana ligou para a seguradora, pois o veículo tem rastreador. A família ficou aliviada às 14 horas, quando Nico localizou o carro, abandonado pelo ladrão na Rua Agostinho Gomes, a duas quadras do local do roubo.
Waleska tem deficiência porque quando nasceu faltou oxigenação no cérebro. Ela ficou uma hora e meia no carro, sob sol forte, sentada no banco de trás, como seu pai a havia deixado. O cinto de segurança estava afivelado e a chave, no contato.
O Hyundai tem vidros escuros e Luana suspeita que o assaltante não tenha visto Waleska. Ao notá-la, decidiu abandonar o carro. O circuito de segurança do prédio gravou imagens do ladrão. A polícia tenta capturá-lo.
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