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Declaração de bens de vereador da CPI dos Alvarás omite R$ 6 mi

Declaração de Adilson Amadeu (PTB) não incluiu ao menos quatro imóveis; parlamentar argumenta que não cometeu irregularidade

Por Bruno Ribeiro
Atualização:

SÃO PAULO - A declaração de bens do vereador Adilson Amadeu (PTB) apresentada à Justiça Eleitoral neste ano não incluiu ao menos quatro imóveis que, juntos, acrescentam R$ 6 milhões a seu patrimônio. Amadeu é integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Alvarás, que está sob suspeita desde que servidores a serviço da comissão foram flagrados pedindo propina de comerciantes.

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A soma dos imóveis declarados pelo vereador à Justiça Eleitoral foi de R$ 275 mil, segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda-feira. Amadeu argumenta que não cometeu nenhuma irregularidade. Incluindo aplicações e automóveis, a declaração de Amadeu mostra patrimônio de R$ 582 mil. 

O vereador foi apontado como responsável pela indicação do fiscal da Prefeitura Roberto de Faria Torres, que foi flagrado pelo programa Fantástico, da TV Globo, pedindo R$ 15 mil a um comerciante para que seu estabelecimento não fosse incluído na lista de locais investigados pela comissão.

A vereadora Sandra Tadeu (DEM), que ocupa cargo de corregedora da Câmara Municipal, não foi localizada para comentar as supostas irregularidades.

O gabinete do vereador Amadeu emitiu nota em que afirma que os imóveis citados pela Folha de S. Paulo foram "foram objeto de acordo em separação, tendo ficado para a ex-esposa do vereador" e que um deles foi adquirido depois de que a declaração de bens foi apresentada à Justiça Eleitoral.

"Os imóveis foram declarados conforme valores constantes do imposto de renda, tendo em vista a proibição de atualização pela legislação fiscal", diz o texto. "Todos os imóveis citados foram adquiridos antes da primeira eleição do vereador", segundo sua assessoria. 

O primeiro mandato de Amadeu começou em 2004. O vereador é despachantes e sua empresa é especializada em documentação de veículos.

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