A Unidos de Vila Maria voltou ao Grupo Especial neste ano e, em seu desfile, demonstrou que não deve voltar para o Acesso tão cedo. Com um desfile rico em detalhes, didático e criativo, a agremiação da zona norte logo conquistou o público. A escola começou a se apresentar às 23h15 deste sábado, 14, e teve como tema a importância do diamante para a humanidade. Para isso, abusou de cores vivas, papel picado e acrobacias. “É o calor do vulcão que nos transforma em um verdadeiro diamante”, afirmou o carnavalesco Lucas Pinto.
Já na comissão de frente, a Vila Maria surpreendeu a platéia com um Ford 1936 de luxo que transportava mafiosos. Bem teatral, o grupo interpretou cenas de ação com armas e notas cenográficas. A riqueza de detalhes ficou por conta do abre-alas, que representava o Taj Mahal. A inscrição original foi substituída pela frase "Vila Maria, a maior escola de São Paulo. Deus abençoe o carnaval" em árabe.
Ao longo do desfile, a escola apresentou alas coreografadas, movimentos em alegorias e muita, muita encenação. Em uma delas, a transformação de uma lagarta em borboleta. Em outra, homens, vestidos de lava saíam de um vulcão em erupção. Um casal de atores representou a cena de Jack e Rose no filme Titanic, na qual ela diz que está "voando", e recebeu aplausos e gritos.
Vestidos de negros, jovens e crianças se transformaram em “carvão” na avenida e realizaram acrobacias para o público, que aplaudiu bastante. Outra ala foi composta por cadeirantes. “Fomos tecnicamente perfeitos e no emocional tudo foi positivo. Uma apresentação digna de título”, disse o presidente Adilson José de Souza.