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De 41 piscinões previstos, só um foi construído

Por Bruno Paes Manso
Atualização:

Dos 41 piscinões previstos para diminuir as cheias nas cidades de Franco da Rocha, Francisco Morato e no bairro de Perus, na zona de São Paulo, apenas um foi construído. Os reservatórios foram planejados na revisão do Plano de Macrodrenagem da Bacia do Alto Tietê para armazenar 4,6 milhões de m³ de água na Bacia do Médio Juqueri. O único piscinão pronto, contudo, em Francisco Morato, tem capacidade para 200 mil m³.Na revisão, ainda estão previstos a canalização e a construção de parques lineares em 34 quilômetros de sete córregos e rios. Outra medida apontada como prioritária é a criação de um pôlder com capacidade para 4 mil m³ e sistema de bombas.O diretor da Região Metropolitana da Sabesp, Paulo Masato, disse ontem que a falta de investimentos em canalizações é fator fundamental para que Franco da Rocha mantenha-se vulnerável às fortes chuvas. "Existem projetos e obras no Departamento de Águas e Energia Elétrica para a região. A canalização do Juqueri é decisiva para reduzir os danos à cidade", disse. Segundo a Sabesp, o Rio Juqueri já havia alagado Franco da Rocha durante a primeira chuva, na segunda-feira, quando a vazão da Represa Paiva Castro ainda era de 1 m³/s. O diretor da Hisdrostudio Engenharia, Aluísio Canholi, empresa responsável pela revisão do plano diretor, afirma que, hoje, sem os reservatórios artificiais, Franco da Rocha é vulnerável a chuvas de porte médio, de 40 a 60 mm. O investimento em todos os piscinões custaria cerca de R$ 600 milhões ao governo do Estado. "Franco da Rocha sempre esteve embaixo d"água e por isso os piscinões são necessários", diz.

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