18 de outubro de 2010 | 19h53
GUARULHOS - O advogado de Mizael Bispo, Ivon Ribeiro, afirmou após o primeiro dia de audiência no Fórum Geral de Guarulhos que fará a defesa de seu cliente baseado em dados de celular. Segundo ele, no dia da morte de Mércia Nakashima, 23 de maio, o réu - ex-namorado da advogada morta - fez uma ligação às 19h30 do centro de Guarulhos, "o que o tira da cena do crime."
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O advogado se queixou da pressão popular. Enquanto ele deixava o fórum, diversos populares gritavam "justiça". "Isso é sempre negativo, pode levar a conclusões que não condizem com a verdade", afirmou.
Ele disse ainda que tentou transferir a audiência para Nazaré Paulista, onde o corpo da advogada foi encontrado, em 11 de junho, devido à essa pressão. "Aqui não se pode nem garantir o direito básico, que é o direito à vida", acrescentou.
Ivon se mostrou confiante em relação aos laudos técnicos, e lembrou que os pedidos de prisão preventiva de Mizael foram negados. "Ainda terão outros laudos técnicos para serem avaliados, que corroboram a versão deles [Mizael e Evandro Silva, o vigia]", concluiu.
O promotor Rodrigo Merli, que representa a acusação, considerou o "positivo" início dos trabalhos. "Somente as provas técnicas podem ajudar no caso", destacou. A audiência será retomada nesta terça-feira, às 13h, com as testemunhas de defesa.
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