Crítica a projetos tem aumentado

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Por Redação
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Propostas de alterações urbanísticas no Rio raramente passam ilesas a polêmicas em torno da preservação ambiental, arquitetônica e de monumentos históricos. Um dos exemplos mais recentes é a lei complementar aprovada em dezembro pela Câmara que permite a construção de um prédio de até 44 andares em um terreno a 200 metros dos Arcos da Lapa, no centro. Arquitetos e urbanistas, no entanto, criticaram a liberação da construção, que deve abrigar a nova sede da Eletrobrás e poderia prejudicar a paisagem dominada pelo aqueduto, inaugurado em 1750. Antes da aprovação da lei, eram permitidas construções de até seis pavimentos na região. "Até seria razoável construir um edifício alto ali, mas o assunto deveria ser objeto de mais discussão", alerta o arquiteto Eduardo Horta. Já em novembro de 2009, a Câmara havia aprovado um Projeto de Estruturação Urbana para os bairros de Vargem Grande, Vargem Pequena, Camorim e parte do Recreio dos Bandeirantes, elevando o gabarito de algumas áreas de três para oito pavimentos. Ambientalistas criticaram o incentivo à ocupação de uma área considerada frágil, com diversos rios e canais.Horta critica o modelo de discussão dessas alterações e propõe que as novas soluções sejam pensadas para todo o município. "Não adianta tentar consertar as regiões uma de cada vez. É preciso rever todo o Plano Diretor da cidade", afirma.

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