Cristian Cravinhos é condenado a 4 anos e 8 meses de prisão em Sorocaba

Acusado cumpria em regime aberto, após pena de 38 anos e 6 meses de prisão pela morte dos Richthofen, quando foi detido pela Polícia Militar em Sorocaba após ter se desentendido com uma mulher

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Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA – Conhecido pela participação no assassinato do casal von Richthofen, Cristian Cravinhos foi condenado a 4 anos e 8 meses de prisão pela justiça criminal de Sorocaba por tentativa de suborno a policiais.

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A decisão foi dada no início da noite desta segunda-feira, 8, pela juíza Margarete Pellizari, da 2.ª Vara Criminal, que determinou o cumprimento da pena em regime fechado, por ele ser reincidente. Cravinhos já estava preso em Tremembé desde a data do crime, em abril deste ano.

O acusado, que cumpria em regime aberto a pena de 38 anos e 6 meses de prisão pela morte dos Richthofen, foi detido pela Polícia Militar em Sorocaba, após ter se desentendido com uma mulher.

Ele a teria agredido, mas a vítima não registrou a ocorrência. Por estar descumprindo as regras do regime aberto, pois estava fora da cidade de seu domicílio e em um bar, Cristian tentou subornar os policiais, oferecendo R$ 1 mil em espécie, mais o dinheiro obtido com a venda de uma moto, segundo o inquérito. Ele foi autuado flagrante. 

Os irmãos Cristian(à esquerda)e Daniel Cravinhos durante transferência do DHPP, no centro da capital paulista, ao CDP Chácara Belém, na zona leste, em janeiro de 2006 Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Em poder do suspeito, os policiais encontraram munição de uso restrito, mas Cravinhos foi absolvido desse crime por falta de provas. A juíza considerou, no entanto, que ele cometeu o crime de tentativa de suborno.

O advogado de Cristian, Ivan Peterson de Camargo, vai entrar com recurso. Segundo ele, a sentença se baseou apenas na palavra dos policiais, sem outros elementos de prova. O defensor considerou ainda que a pena foi excessiva.

Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de prisão pela morte do casal Marísia e Manfred von Richthofen, em 2002, em São Paulo. Na época, seu irmão Daniel namorava Suzane von Richthofen, filha do casal, e os pais eram contrários ao relacionamento. Os três planejaram e executaram o assassinato do casal na casa da família.

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Daniel, condenado a 39 anos e seis meses, está em regime aberto desde janeiro deste ano. Suzane foi condenada a 39 anos de prisão e a Defensoria Pública já pediu sua progressão para o regime aberto. O último pedido, feito no mês passado, foi negado pela justiça.

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