Às quintas-feiras, um grupo de 28 rapazes se reúne em uma pequena biblioteca no município de Hortolândia, região de Campinas, para discutir literatura. Chegam de chinelos nos pés, com os olhos voltados para o chão e as mãos cruzadas nas costas. Dali esperam sair um pouco mais livres. Estes homens vivem no Centro de Progressão Penitenciária (CPP) do município e participam do primeiro programa de redução de pena pela leitura do Estado de São Paulo.
Regulamentado há dois anos, apenas quatro unidades prisionais do Estado - de um total de 162 - adotam a chamada remição de pena por leitura aos seus sentenciados.
A previsão da Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo, responsável pela portaria que normatizou o processo, é que todos os presídios paulistas usem o sistema até o final de 2016.
Clique aqui para acessar o Especial Crime e Leitura, publicado pelo Estado no dia 31.