Criança morre em incêndio em favela na zona leste

Causas do incêndio que atingiu favela do Pau Queimado ainda estão sendo investigadas

PUBLICIDADE

Por Ricardo Valota e Priscila Trindade
Atualização:

Bombeiros controlam fogo na favela do Pau Queimado, na zona leste da capital

 

PUBLICIDADE

Uma criança morreu e duas pessoas ficaram feridas, na noite desta quarta-feira, 28, em um incêndio que atingiu a Favela do Pau Queimado, localizada na Rua Arnaldo Cintra, região do Parque São Jorge, próximo à Marginal do Tietê, na zona leste de São Paulo.

De acordo com os bombeiros, 15 barracos foram destruídos pelo fogo, que teve início às 18h15, tendo sido controlado cerca de uma hora depois. Duas pessoas ficaram feridas, entre elas um dos policiais que combatiam as chamas.

 

A Subprefeitura da Mooca, responsável pela administração da região, calcula que o número de pessoas desabrigadas gire em torno de 60 a 70. A Favela do Pau Queimado ocupa uma área particular de 44 mil m². Os primeiros barracos foram construídos há 38 anos e hoje moram no local cerca de 200 pessoas.

Morte

Após o incêndio, os bombeiros encontraram o corpo do menino Cristyan David Mello Sena, de 2 anos, que fez aniversário no último dia 16. O pai, o pizzaiolo Rodrigo de Oliveira Sena, de 23 anos, e a mãe, a dona de casa Cláudia de Mello Lima, 28, estavam na sala quando o fogo teve início na favela.

O menino dormia no quarto da avó. As demais pessoas da família, entre elas Kevin, de 3 anos, e Yasmin, de 8 meses - dois dos três irmãos do menino morto - foram retiradas a tempo pelo casal, mas o fogo já havia tomado conta de todo o barraco quando os pais de Cristyan tentaram voltar para resgatar o garoto.

Publicidade

"O fogo veio muito rápido, todo mundo correu. Até perceberem que o menino ainda estava lá já era tarde", disse a estudante Natália Brito Porto dos Santos, 17, que também teve a casa queimada. "Não dava para entrar com balde d´água, não tinha o que fazer, lamentou Vaste Oliveira Brito, 69, vizinha das vítimas.

 

Texto atualizado às 1h54.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.