31 de agosto de 2011 | 04h08
SÃO PAULO - Continua internada em estado grave, após cirurgia no Hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio, a menina Ana Carolina Fernandes Pontes, de 9 anos, atingida por um tiro na cabeça disparado por ela mesma, acidentalmente, ao manusear uma pistola calibre 635 do pai, o comerciante Raimundo Nonato Mendes Pontes, de 36 anos, dentro de casa, no bairro Piraquê, região de Pedra de Guaratiba, na zona oeste da cidade.
O pai disse na 43ª Delegacia de Polícia, de Guaratiba, que havia deixado a arma escondida debaixo de um bicho de pelúcia sobre o guarda-roupas e que se ausentou por apenas 10 minutos para comprar material de construção pois realizaria um reparo no imóvel. No momento em que ocorreu o disparo estavam também na residência o irmão, de 6 anos, e a irmã, 2, da vítima.
A pistola estava municiada e travada. Carolina conseguiu destravar a arma e atirar. O irmão correu e avisou a vizinha; em seguida o pai chegou e chamou a polícia. A bala entrou na altura da nuca e saiu pela testa. O comerciante foi autuado por porte ilegal e omissão de cautela na guarda da arma. Raimundo, que trouxe a pistola do Ceará e nunca teve necessidade de usá-la, pagou fiança de R$ 500,00 para ser liberado e vai responder em liberdade.
O delegado Antonio Ricardo Nunes desconfia da versão do pai de que as crianças não sabiam onde a arma estava. Para o delegado, 10 minutos não seriam o suficiente para Ana encontrar a pistola e atirar; além disso a distância entre o guarda-roupas e o beliche das crianças é pequena e facilita o acesso à parte superior do móvel onde estava a arma.
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