
16 de março de 2012 | 03h04
O problema é que a fila cresceu em ritmo maior no mesmo período: 98%. Atualmente, há 114,3 mil crianças esperando novas vagas, ante 57,6 mil no início do mandato. Integrantes da gestão Kassab já admitiram que esse déficit não deverá ser zerado até o fim do ano.
De setembro do ano passado até fevereiro deste ano, 4.694 novas vagas foram criadas na rede municipal.
Entre as dificuldades citadas para explicar o não cumprimento da promessa está a recusa do Tribunal de Contas do Município (TCM) em aprovar a Parceria Público-Privada (PPP) que construiria 500 creches pela capital. Anunciada em 2007 por Kassab, a PPP acabou sendo deixada de lado ao longo da gestão.
Outro projeto abandonado foi o da venda de 18 terrenos públicos em troca de creches, conforme revelou o Estado há um mês.
Itaim-Bibi. O projeto foi bastante criticado por moradores do entorno do terreno, um quarteirão de 20 mil m² com oito equipamentos públicos no bairro nobre do Itaim-Bibi, zona sul de São Paulo.
A gestão afirma que desistiu porque não há mais tempo hábil para o trâmite do leilão. Agora, o novo modelo no qual a Prefeitura vai investir é lançar um edital ou chamamento público para incentivar donos de imóveis a alugá-los para a administração.
Assim, se economizaria o tempo necessário para desapropriar terrenos e construir as creches, principal obstáculo apontado por Kassab para as dificuldades de se reduzir a fila.
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