SÃO PAULO - O solo cedeu e abriu uma cratera no estacionamento do conjunto habitacional Cingapura da Avenida Zaki Narchi, na região do Carandiru, zona norte de São Paulo, na madrugada desta terça-feira, 5.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o desmoronamento provocou uma fissura de 50 metros de comprimento, 5 metros de largura e 2 metros de profundidade. Com base nas imagens registradas pela corporação, é possível constatar que ao menos um veículo caiu na fenda.
Três viaturas dos bombeiros foram encaminhadas ao local do episódio, que não deixou vítimas. Equipes da Defesa Civil municipal permanecia no local na noite desta terça-feira, 5, segundo a Prefeitura, realizando vistorias para avaliar os riscos. Apenas a área da garagem foi interditada.
"Como não houve abalo na estrutura do prédio, não foi necessária a interdição dos imóveis. Cabe esclarecer que a área do estacionamento, que cedeu sobre a galeria, foi ocupada irregularmente pelos moradores do condomínio", informou a Prefeitura.
Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) informou que realiza, desde dezembro, obras emergenciais na galeria de águas pluviais do conjunto. "A empresa responsável pelas obras está mobilizando o material e maquinário necessário para a instalação de estacas, que já terá início nesta quarta-feira (6) de manhã", informou a Siurb.
A Secretaria Municipal de Habitação iniciou um plano de trabalho para comunicar os moradores do conjunto sobre as obras que serão executadas. Segundo a pasta, uma equipe social está na área para prestar esclarecimento às 700 famílias que vivem nos 700 apartamentos.
Cingapura tem histórico de problemas
Em 2016, o rompimento de uma galeria provocou a abertura de outra cratera, com cerca de 20 metros de comprimento, na área de lazer do mesmo conjunto habitacional.
Cerca de cinco anos antes, em 2011, os moradores do Cingapura Zaki Narchi organizaram um protesto após uma decisão judicial que ordenava a retirada dos moradores do local. Na época, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) apontou para a existência de gás metano no subsolo do terreno, com risco de explosão. Relembre o caso no vídeo abaixo: