
24 de novembro de 2010 | 00h00
Os vagões estão sem bancos, sem piso, sem vidros, sem portas e pichados - são só a carcaça. Alguns têm furos no teto ou no piso. O fato de ser feitos de aço inox é o que desperta interesse.
O site do leiloeiro oficial do conjunto diz que os lances mínimos de cada vagão eram de até R$ 500 - mas atualmente estão em até R$ 24,5 mil. Nenhum dos vagões tem valor histórico - ainda há modelos similares em operação.
Cada trem será vendido em um lote próprio. Vence quem oferecer o maior preço pelo material - que terá de ser retirado em até 48 horas após a venda. O leilão será presencial - com lances feitos no escritório do leiloeiro e pela internet (www.leilaoonline.net). O escritório fica na Avenida Fagundes Filho, ao lado da Estação São Judas do Metrô, na zona sul.
A reportagem pediu ontem acesso aos lotes, mas a CPTM negou. Ao longo das linhas de trem é possível ver conjuntos de vagões parados e sucateados, que também viraram alvo de pichadores ou foram tomados por mato e ferrugem.
"Os carros que estão sendo leiloados não têm condições de ser recuperados", disse, em nota, a CPTM.
O leilão está marcado para as 14 horas. Quem levar um dos vagões terá de arcar também com os custos para retirá-los dos pátios da companhia.
A companhia tem Parceria Público-Privada (PPP) para fazer a manutenção dos trens da Linha 8-Diamante, ao custo de cerca de R$ 200 milhões ao ano. Nesse preço está incluída a manutenção de 12 trens e a aquisição de 24 composições para a linha - que reúne os trens mais antigos em operação do sistema.
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