Covas anunciará reabertura de parques até sexta-feira; retomada não incluirá fins de semana

Prefeitura de São Paulo discute novos horários e regras de funcionamento parcial com Vigilância Sanitária; academias, museus e cinemas não têm previsão de reabertura

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Foto do author Priscila Mengue
Por Priscila Mengue e Marina Aragão
Atualização:

O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), declarou nesta segunda-feira, 6, que os novos horários e regras de funcionamento para a reabertura dos 108 parques municipais serão anunciados até sexta-feira, 10. Embora os detalhes ainda estejam em discussão com a Vigilância Sanitária, ele já adiantou que a retomada será restrita aos dias úteis.

"Nós não vamos retomar os parques ainda no fim de semana, para evitar aglomeração", justificou durante coletiva de imprensa realizada em conjunto com o governador João Doria (PSDB).

Parques da cidade de São Paulo, como o Ibirapuera,estão fechados desde 21 de março Foto: Taba Benedicto/Estadão

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A cidade de São Paulo tem 108 parques municipais, como o do Ibirapuera, na zona sul, e o Trianon, no centro expandido. Com o fechamento por causa da pandemia do novo coronavírus, em 21 de março, parte dos frequentadores passou a praticar atividades físicas nos espaços abertos e no entorno das áreas verdes.

A reabertura dos parques estaduais também é discutida em âmbito estadual pelo Centro de Contingência Contra a Covid-19, criado pelo governador João Doria (PSDB).  Parte deles também está localizado na capital paulista, como os parques Villa-Lobos e da Água Branca, ambos na zona oeste, Cantareira e da Juventude, na zona norte e Fontes do Ipiranga, na zona sul, dentre outros.

Covas pede 'cautela' na reabertura de bares, restaurantes e padarias

A capital paulista está em flexibilização da quarentena, encaixando-se nas regras da fase 3 (amarela), do Plano São Paulo. Nesta segunda-feira, foram retomadas parcialmente as atividades de bares, restaurantes, padarias, barbearias e salões de beleza, dentre outros espaços. Na coletiva, Covas pediu "cautela" da população nesse momento, para a cidade não repetir as cenas de aglomeração vistas na reabertura de bares no Rio. "Essa fase de flexibilização não se confunde com o fim da pandemia", ressaltou.

Questionado, o prefeito esclareceu que a flexibilização também libera o funcionamento de praças de alimentação, cujos espaços deverão seguir os horários padronizados para os shoppings, das 16 horas às 22 horas. O horário difere do limite imposto aos demais estabelecimentos gastronômicos, que podem atender ao público de forma presencial até as 17 horas, o que tem gerado críticas de donos de pizzarias, bares e outros espaços que costumavam funcionar apenas de noite.

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"Em relação a restaurantes, bares, pizzarias e similares, neste momento o horário de fechamento é 17 horas, por determinação do Centro de Contingência. Passo a passo. o Plano São Paulo é um plano seguro, correto, mas ele vai passo a passo. Nós reconhecemos que o setor da economia criativa, de alimentação, foi um dos mais afetados. Mas o inimigo da economia é a pandemia, não a quarentena", justificou Doria.

Academias não estão liberadas na cidade de São Paulo

Embora o Governo do Estado tenha liberado a reabertura de academias para municípios da fase amarela, a cidade de São Paulo ainda não determinou as regras de reabertura desses espaços. A situação também se repete com museus, cinemas e teatros, cujas retomadas são permitidas pelo Estado a partir de 27 de julho.

"Ainda não temos previsão, tanto a questão das academias, quanto de algumas atividades culturais. Não há previsão de data ou de quando isso começará na cidade de SP", disse Covas. 

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Virada Cultural poderá ser exclusivamente digital em 2020

Covas também comentou que a Prefeitura de São Paulo discute um novo adiamento ou mudanças na realização dos grandes eventos que foram transferidos para o segundo semestre por causa da pandemia da covid-19. No caso da Virada Cultural, adiada para setembro, por exemplo, estuda-se a possibilidade de ocorrer de forma estritamente virtual.

"A Prefeitura está discutindo internamente o que fazer com esses grandes eventos. A principal preocupação é qual é a previsibilidade que nós temos da doença para poder avançar em qualquer tipo de planejamento e evitar desperdício de recurso público”, afirmou Covas. “Ainda não há um decisão da Prefeitura.”

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Estado de SP chega a 16.134 mortes por covid-19

De acordo com balanço da Secretaria Estadual da Saúde desta segunda-feira, 6, São Paulo tem 16.134 mortes por covid-19, das quais 56 foram registradas nas últimas 24 horas. Ao todo, são 323.070 casos confirmados. 

A taxa de ocupação de leitos de UTI é de 63,9%, média que cai para 63,3% na Grande São Paulo. O número de internados com suspeita ou confirmação da doença é de 5.501 pacientes em UTI.

Na coletiva de imprensa, o coordenador do Centro de Contingência Contra a Covid-19, Paulo Menezes, voltou a mostrar a projeção da pandemia no Estado até a metade de julho. Nesse período, é esperado que São Paulo chegue a até 470 mil casos confirmados, dos quais entre 18 mil e 23 mil resultarão em óbitos.

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