30 de setembro de 2012 | 03h05
"Somos um cordão carnavalesco e, por isso, nossa atitude é no campo simbólico. Estamos aqui para fazer reflexões estéticas e políticas", afirma Thiago Mendonça, um dos organizadores da manifestação.
Foi a segunda vez que o cordão percorreu as ruas da região central. A primeira foi no dia 1.º de abril, data que marca o Golpe Militar de 1964 no Brasil. "Iríamos sair de novo só em abril, mas os 20 anos do Carandiru, aliados a essa série de acontecimentos, como os incêndios nas favelas de São Paulo e as ações da Guarda Civil Metropolitana (GCM) no centro (retirando moradores de rua da fachada histórica da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco) nos fizeram marcar o cordão antes", ressaltou Mendonça.
Lágrimas pintadas. Para uma das líderes do movimento Mães de Maio, Débora Maria da Silva, que participou do bloco, o cordão é feito sobretudo da indignação da periferia. "A segurança pública só oferece opressão e extermínio", disse, com lágrimas vermelhas pintadas no rosto. /J.D.
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