''Copa? Jogos Olímpicos? Sei não...''

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Por Redação
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DEPOIMENTOAlexandre Calais, editor de NegóciosDeveria ter sido um fim de semana festivo. Íamos viajar (eu, minha mulher e minha filha) de São Paulo a Vitória, onde familiares nos esperavam para o aniversário de um sobrinho. O voo da TAM, saindo de Congonhas, estava marcado para 8h12. Fizemos check-in às 7h e recebemos o aviso de que o aeroporto estava fechado por causa da forte neblina. O jeito era esperar.Por volta das 10h, o aeroporto já aberto de novo, nos avisaram que o avião sairia do portão 3. Nos dirigimos para lá, o avião devidamente parado na ponte de embarque, e recebemos a notícia, dada por funcionários da empresa, de que a tripulação do voo já havia cumprido sua carga de trabalho e, portanto, teríamos de esperar a chegada de outros tripulantes. A previsão de espera? Quinze minutos, inicialmente. Depois, mais dez. Mais meia hora. Mais 20 minutos. Mais dez. Até o "desculpa, senhor, mas não temos nenhuma previsão".Não era só o voo para Vitória. Salvador, Campo Grande, Curitiba, ninguém conseguia embarcar. Em todos os portões, a mesma informação: falta de tripulantes. Passageiros mais exaltados levantavam a voz para cobrar uma posição. Ligar para a empresa, reclamar na Anac, nada fez efeito. Às 13h - sem a alimentação que as empresas têm de fornecer em casos assim e, principalmente, sem nenhuma previsão de saída do avião -, desistimos da viagem. E, aí, a segunda parte da encrenca. Remarcar as passagens nem foi complicado. Duro foi reaver as bagagens que já haviam sido colocadas no avião. Às 16h30, ainda não havíamos conseguido. A TAM ficou de mandar para nossa casa. Quando? "Quando encontrarmos..."Copa do Mundo? Jogos Olímpicos? Sei não...

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