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Contra trânsito, cidades do interior copiam projetos da capital

Campinas adotou o bilhete único e os corredores de ônibus e Santos restringiu a circulação de caminhões

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Por Redação
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Com motoristas que costumam passar até uma hora no trânsito nos horários de pico, Campinas, a terceira maior cidade do Estado e segunda frota (642.198 veículos), seguiu projetos adotados na capital nos últimos cinco anos. Além do bilhete único, adotado em 2006, e dos corredores exclusivos de ônibus, a cidade estuda agora a implementação das garagens subterrâneas como forma de desafogar 2 mil vagas de zona azul, a exemplo do que foi feito neste ano na região dos Jardins, na zona oeste de São Paulo. Veja também: Rodovias do interior de SP sofrem com os congestionamentos Confira as condições do trânsito na Ayrton Senna, Carvalho Pinto e Dom Pedro I  Confira as condições do trânsito na Tamoios e Raposo Tavares  Confira as condições do trânsito na Anchieta e Imigrantes  Confira as condições do trânsito na Dutra  Confira as condições do trânsito na Anhangüera e Bandeirantes Confira as condições do trânsito na Castelo Branco e Raposo Tavares  "Só o bilhete único significou uma economia de R$ 5 milhões por mês à população, que pagava a segunda e terceira tarifas para o deslocamento", afirmou Gerson Bittencourt, secretário de Transportes de Campinas e ex-presidente da SPTrans na gestão Marta Suplicy (PT). Na cidade, o sistema municipal registra em média 650 mil viagens por dia (incluindo as gratuidades). Outros dez corredores exclusivos de ônibus, em um investimento de R$ 130 milhões, estão previstos para os próximos quatro anos. Uma dessas faixas específicas ligará o centro ao Aeroporto Internacional de Viracopos. Hoje, entre os principais gargalos do trânsito da cidade estão os acessos à PUC de Campinas e à Unicamp. A psicóloga Marita Schmidt, de 32 anos, é uma das vítimas da lentidão na região das universidades. Para ir ao trabalho, ela precisa passar pela região central ou do Taquaral e ir até o distrito de Barão Geraldo. "Normalmente, levo de 10 a 15 minutos para fazer o percurso. Com o trânsito dos horários de pico, pode chegar a 40 minutos." Restrições e metrô Com ruas do centro estreitas e uma frota de 247 mil veículos que chega a dobrar nos feriados e temporadas, Santos também adotou, como São Paulo, restrições para a circulação de caminhões na região central , das 12 às 22 horas. Agora, o governo municipal pretende proibir o estacionamento de carros e motos nas ruas com alta circulação de ônibus. Outro projeto mais audacioso, com o objetivo de integrar os municípios da Baixada Santista, é a implementação de uma rede de ônibus interligada ao futuro metrô leve, o Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT). O projeto, de R$ 748 milhões, tem 11 quilômetros de extensão e utiliza a antiga linha de trens de carga que corta Santos e São Vicente. "E vamos estender as ciclovias para dentro da cidade, ligando o canal 1 até a praia, via Ana Costa", afirmou o presidente da CET-Santos, Rogério Crantschaninov. "Na nossa cidade, o uso da bicicleta já representa 8% dos deslocamentos. São 46 mil viagens diárias." No fim do dia, o trânsito em ônibus intermunicipais entre as vizinhas São Vicente e Santos, por exemplo, leva cerca de 1 hora. "Às vezes pego dois ônibus para chegar mais rápido, mas geralmente demora uma hora", comenta a doméstica Cristina da Silva, de 49 anos, que evita os horários de pico, quando chega a demorar até duas horas no trajeto entre São Vicente e o bairro da Ponta da Praia, em Santos. Os números da frota no interior de São Paulo Atualmente, o interior tem 11 cidades com frota superior a 200 mil veículos. Em 1997, esse número só era encontrado em  cinco cidades. Campinas: 642.198 São Bernardo do Campo: 430.851 Santo André: 404.086 Guarulhos: 393.088 Ribeirão Preto: 347.386 Sorocaba: 282.151 São José dos Campos: 278.619 Santos: 247.531 São José do Rio Preto: 246.709 Jundiaí: 219.525 Piracicaba: 202.379 Bauru: 176.079 (Colaboraram Tatiana Fávaro, Rejane Lima e Diego Zanchetta, de O Estado de S. Paulo.)

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