Contra investigação de ativistas, MPL entra com habeas corpus

Inquérito investiga 'associação criminosa' e busca identificar black blocs

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Por Luciano Bottini Filho
Atualização:

SÃO PAULO - O Movimento Passe Livre (MPL) entrou nesta segunda-feira, 9, com um habeas corpus para trancar um inquérito aberto no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). A investigação é contra ativistas por suposta "associação criminosa" ao organizarem atos de vandalismo em protestos e para identificação de black blocs.

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A ação foi elaborada por um grupo de advogados que apoia o movimento, segundo uma integrante do Passe Livre, Mariana Toledo. O grupo publicou nesta segunda-feira uma nota afirmando que "entende que a existência dessa investigação, além de ilegal, é a continuação da sistemática violação de direitos das pessoas que já foram presas ilegalmente e daqueles que se organizam por uma vida sem catracas".

O habeas corpus será analisado por um juiz do Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária (Dipo), no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Nenhuma decisão havia sido publicada até a tarde desta segunda-feira. 

O MPL está em uma campanha contra a investigação do Deic, desde que vários ativistas foram convocados para prestar depoimento. No dia 30 de maio, o grupo se acorrentou em frente à Secretaria de Segurança Pública (SSP), no centro de São Paulo, em um ato contra supostas conduções forçadas de manifestantes para serem ouvidos no Deic. Segundo eles, as intimidações cessaram após o protesto. 

Líder da onda de manifestações em junho do ano passado, o MPL planeja um novo evento no dia 19 de junho. 

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