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Conta de água em SP vai subir 15,24% em junho

Agência reguladora autoriza reajuste extraordinário na tarifa da Sabesp por causa da crise hídrica, o maior desde 2003

Por Fabio Leite
Atualização:

Atualizado às 23h11

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SÃO PAULO - A conta de água e esgoto da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) ficará 15,24% mais cara a partir de junho. O reajuste extraordinário na tarifa por causa da crise hídrica é o maior desde 2003 e foi definidona noite desta segunda-feira, 4, pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp), que havia autorizado preliminarmente 13,8% de alta em março. 

Segundo a Arsesp, 7,78% do índice total são referentes à correção inflacionária e à atualização de um resíduo do reajuste anterior. Já 6,91% são referentes à revisão extraordinária da tarifa – por causa do aumento do custo da energia elétrica – e à queda de consumo de água, por causa da estiagem em 2014, alegados pela Sabesp. Os novos valores poderão ser aplicados 30 dias após a publicação da deliberação no Diário Oficial do Estado, que deve ocorrer nesta terça-feira, 5. 

Trata-se do maior reajuste na tarifa de água da Sabesp ao menos desde 2003. Foto: HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO

Em abril, a Sabesp afirmou que precisaria de aumento de 22,7% na tarifa de água e esgoto para “garantir o equilíbrio econômico-financeiro” da companhia em meio à crise. “Precisamos atravessar 2015 sem rodízio, sem interrupção das obras e sem complicar mais a vida do consumidor”, justificou, na época, Rui Affonso, diretor econômico-financeiro e de relações com investidores da estatal. Por causa da crise, a Sabesp registrou queda de 6,7% na receita operacional, em relação ao ano anterior, e de 53% no lucro. 

O último reajuste na conta da Sabesp foi de 6,5% e entrou em vigor no dia 27 de dezembro de 2014. O aumento, que seria de 5,4%, havia sido autorizado pela Arsesp em abril do ano passado, mas sua aplicação foi adiada por decisão do governador Geraldo Alckmin (PSDB), que disputou e venceu a reeleição em outubro. A inflação acumulada entre janeiro e abril foi de 4,6%.

Com o novo reajuste, a conta de quem consome até 10 mil litros de água por mês subirá de R$ 35,82 para R$ 41,28.

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