Conselho vai investigar suspeita de estupro

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Por William Cardoso
Atualização:

O Conselho Federativo de Bombeiros Civis (CFBC) pretende apurar as circunstâncias em que ocorreu o estupro de uma estudante de 20 anos por Luciano Ferreira, de 32, integrante da categoria, anteontem, na boate Kiss & Fly, no Itaim-Bibi, zona sul de São Paulo. Independentemente das investigações, Ferreira terá cassado o direito de registro profissional por pelo menos um ano. O documento ainda não é obrigatório; a entidade busca, a partir desta semana, cadastrar profissionais de todo o País.A avaliação do presidente do CFBC, Ivan Campos, é de que Ferreira cometeu falta gravíssima ao se envolver com a estudante, mesmo que tenha praticado sexo consensual, como alega em sua defesa. A vítima estava embriagada e recebia atendimento. "Nosso código de ética é claro em relação a isso e existe uma determinação para que não ocorra contato íntimo com clientes, colegas ou patrões durante o horário de trabalho."A recomendação da entidade é para que, em casos como o da boate, uma mulher esteja presente durante todo o atendimento. Prisão. Ferreira foi preso em flagrante no 15.º DP (Itaim-Bibi) e, anteontem à noite, foi transferido para o 91.º DP (Ceagesp). O delegado responsável pela prisão, Luiz Roberto Pereira de Arruda, informou no boletim de ocorrência que houve estupro de vulnerável, já que a estudante estava embriagada, sem capacidade de saber o que acontecia.O presidente do CFBC diz que, pelas informações do boletim de ocorrência, ainda não é possível saber se houve estupro ou sexo consensual. Campos diz que o bombeiro detido é casado, tem uma filha e que não havia queixas sobre ele até ontem.O criminalista Ademar Gomes disse que a Daslu também poderá vir a ser responsabilizada pelo crime. "Ela é corresponsável no campo cível e pode vir a sofrer uma ação por danos morais e materiais."

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