Conpresp autoriza demolição de prédios em Congonhas

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Por Nataly Costa
Atualização:

O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) autorizou a demolição dos 15 prédios que ficam no antigo terreno da Vasp, no Aeroporto de Congonhas, zona sul. Com isso, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) fica livre para realizar obras de expansão no aeroporto. A empresa ainda não tem projeto definido para a ampliação.A autorização era necessária porque Congonhas está em processo de tombamento pelo órgão municipal desde 2004, o que "congela" o aeroporto diante de quaisquer propostas de alteração de infraestrutura. A Infraero pediu a demolição dos prédios - que incluem hangares, edifícios administrativos e oficinas de aviões - para dar fim à ociosidade de uma área de 170 mil m², equivalente a quase um Estádio do Maracanã. O terreno já foi da Vasp - a Infraero conseguiu judicialmente a posse, mas não podia operá-lo por causa do tombamento.Segundo a estatal, as mudanças a serem feitas no terreno ampliam a infraestrutura operacional do aeroporto - mais espaço para as aeronaves taxiarem ou até pernoitarem em Congonhas, evitando congestionamentos no pátio em horários de pico, principalmente pela manhã. Também é possível que a nova torre de controle do aeroporto, orçada em R$ 14,8 milhões e com 40 metros de altura, seja construída naquele espaço. A torre vai garantir aos controladores de voo maior visibilidade das pistas e mais segurança nos pousos e decolagens. Segundo a Infraero, a obra tem conclusão prevista ainda para o primeiro semestre deste ano.Cemitério. Mesmo liberada pelo Conpresp, a área ainda guarda um "cemitério" de aviões da Vasp, com nove aeronaves inutilizadas da massa falida da companhia. Em fevereiro, o Conselho Nacional de Justiça lançou uma força-tarefa com o Tribunal de Justiça de São Paulo e a Agência Nacional de Aviação Civil para retirar todas carcaças de aviões dos aeroportos brasileiros. A remoção deve começar neste mês. Congonhas tem outras reformas prometidas para até 2012 que integram o pacote de obras da Infraero para a Copa de 2014. Uma é no sistema de pistas, que passará por perícia - a última desse tipo, em 2007, determinou a redução para 34 movimentações (pousos e decolagens) após o acidente da TAM. Outra é a ampliação dos balcões de check-in para aumentar a capacidade de passageiros do aeroporto dos atuais 14,5 milhões para 17,5 milhões.

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