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Conpresp adia votação sobre liberação de prédios no Ibirapuera

Conselho pode rever restrição que vigora desde 1997 e permitir edifícios de até 18 andares na região do parque

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Por Redação
Atualização:

O Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico de São Paulo (Conpresp) adiou votação da polêmica proposta de liberar a altura dos prédios ao redor do Parque Ibirapuera, na zona sul, dos atuais 10 metros, ou máximo de três andares, para 27 e 54 metros, respectivamente até 8 ou 18 pavimentos, dependendo da localização do terreno. O conselho atendeu à solicitação do Defenda SP, que pediu para fazer uma exposição sobre seus argumentos contrários aos prédios no entorno do parque, na próxima reunião, terça-feira.   As reuniões são a portas fechadas. Para participar de alguma, é necessário que os conselheiros aprovem a solicitação. A legislação do entorno do parque não é modificada há mais de dez anos. A solicitação foi feita pelos conselheiros Elton Santa Fé Zacarias, que representa a Secretaria Municipal de Habitação; José Fernando Ferreira Brega, da Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos; e Marcelo Manhães de Almeida, da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).   Desde que a pauta foi divulgada, especialistas chamam a proposta, nos bastidores, de "destombamento". Dizem que teria sido pedida por grandes proprietários da região, incluindo uma construtora e incorporadora, que trabalha no setor de luxo. O Estado procurou o advogado que representa todos os interessados, Marcelo Terra, deixou pedidos de entrevista, mas não obteve resposta até as 19 horas de segunda-feira.   Alterar o gabarito das construções influi diretamente no preço do terreno, aumentando o valor em até quatro vezes. A região do Ibirapuera reúne alguns dos metros quadrados mais caros da cidade. A mudança proposta no Conpresp não altera o perímetro do parque, pois se restringe a seis quadras.   (Com informações de Sérgio Duran - O Estado de S. Paulo)

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