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Confronto 'desgasta' imagem das polícias, afirma Tarso

Ministro da Justiça não comenta briga política e declara que esta é uma questão que não cabe ao ministério

Por Sandra Hahn e da Agência Estado
Atualização:

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou que o confronto entre policiais militares e civis em São Paulo "desgastam" a imagem das instituições. No entanto, o ministro evitou comentar a briga política em torno do episódio e afirmou que estas são "questões de ordem interna" dos Estados e a União não tem envolvimento. Questionado sobre declarações do governador de São Paulo, José Serra (PSDB), que disse haver "manipulação política" no episódio, citando PT e PDT, o ministro afirmou que não lhe cabe comentar. "Este fato de o governador culpar um partido político é um fato político local que não cabe ao Ministério da Justiça se manifestar." Veja também: Confronto entre policiais deixou pelo menos 32 feridos Para Serra, não houve intransigência em conflitos de São Paulo Marta acusa Serra de 'incapacidade' de negociar o confronto 'É preciso restabelecer a calma', diz FHC sobre conflitos em SP Policiais civis do País podem parar em apoio à categoria em SP Futuro da greve preocupa e divide sindicatos e associações Erro de planejamento piorou situação do conflito entre polícias Serra culpa CUT e PT por confronto entre polícias 'Serra joga nas nossas costas problema que é dele', diz PT-SP 'Teve policial atirando contra o Palácio dos Bandeirantes', conta o jornalista Marcelo Godoy  Galeria de fotos do conflito no Morumbi Policiais civis e militares entram em confronto em SP; assista  'PM tem obrigação de manter a ordem', diz José Serra  Manifestação de Polícia Civil foi feita por "minoria", diz Marrey Paulo Pereira da Silva diz que José Serra não está aberto ao diálogo  Antes da manifestação, Serra disse que 'não negocia com greve' Todas as notícias sobre a greve Para Tarso, os episódios em São Paulo e Rio Grande do Sul - onde policiais militares e movimentos sociais se enfrentaram - são "questões de ordem pública, que são tratadas de acordo com a visão que cada governador tem do Estado de Direito e as conseqüências desse tratamento depois são processadas e analisadas pela Justiça". Ao afirmar que a briga entre as polícias paulistas "desgasta" a imagem das instituições, Tarso reiterou que a forma de resolver esses conflitos cabe ao governante, "assim como é de responsabilidade do governante do Estado exercer a repressão política, a repressão sobre os movimentos sociais dentro da lei e da Constituição", comentou, antes de participar de audiência da Caravana da Anistia em Porto Alegre, que formalizou portaria concedendo anistia política ao ex-governador e líder do PDT Leonel Brizola. Ao responder se teria havido excesso na ação policial, o ministro ressaltou que não comentaria nenhuma ação específica, mas de forma geral "qualquer excesso de autoridade policial que saia do seu mandato de preservar a ordem é sempre negativa para o Estado de Direito".

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