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Condenado por morte da filha, Nardoni deixa prisão em Dia dos Pais

Alexandre Nardoni tem primeira 'saidinha' desde que foi preso pelo morte da filha Isabella Nardoni, de 5 anos

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Por Redação
Atualização:
O advogado Alexandre Nardoni no momento da sua prisão preventiva, em São Paulo, em 2008 Foto: Nilton Fukuda/Estadão

SÃO PAULO - Condenado a 30 anos de prisão pelo assassinato da própria filha, Isabella Nardoni, o bacharel em direito Alexandre Nardoni deixou o presídio na manhã desta quinta-feira, 8, para a saída temporária de Dia dos Pais. Esta é a primeira "saidinha", como o benefício é chamado, desde que ele foi preso em 2008.

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Recolhido na P2 de Tremembé, unidade prisional conhecida por abrigar "celebridades" do noticiário policial, Nardoni progrediu para o regime semiaberto em abril. Além de ter direito a saídas temporárias, ele também pode trabalhar fora do presídio e só voltar à noite.

Até hoje, Nardoni nega ser o autor do assassinato da filha. Isabella Nardoni tinha 5 anos quando foi atirada do 6.º andar do Edifício London, na Vila Guilherme, zona norte de São Paulo.

Anna Carolina Jatobá, mulher de Nardoni e madrasta da menina, também foi condenada a 26 anos de prisão pelo homicídio, mas também nega participação. Ela progrediu para o regime semiaberto mais cedo, em 2017.

Para ter direito à "saidinha", o detento precisa preencher uma série de requisitos, entre eles apresentar bom comportamento na prisão. A P2 de Tremembé concentra presos de casos com grande repercussão, entre eles Gil Rugai, Cristian Cravinhos e Mizael Bispo.  Em nota, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) afirma que não pode dar informações sobre "saída temporária individual de reeducando, por questão de segurança".

No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro criticou o benefício a Nardoni. "Hoje o pai, condenado pelo assassinato, é beneficiado pela saída temporária de dia dos pais", postou. "Uma grave ofensa contra todos os brasileiros. Lamentável!"

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