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Conac será 'cabeça' do setor aéreo, diz Jobim

Com conselho 'vertebrado', ministro não vê problema em Aeronáutica, Anac e Infraero operarem conjuntamente

Por Fabiola Gomes e do Estado
Atualização:

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse neste sábado, 11, que é interesse do governo reorganizar a malha área brasileira. Segundo ele, esta é uma decisão conjunta com a Infraero e a Anac, por decisão do Conselho de Aviação Civil (Conac). Jobim afirmou que o Conac será a "cabeça central" do setor aéreo nacional. "Não vejo problema na existência de todas estas entidades que operam: a Aeronáutica, a Anac e a Infraero. A questão é de ter um Conac vertebrado, ou seja, com a capacidade de fixar as diretrizes. E isso já está acontecendo", afirmou. Com o Conac, o ministério espera ter condições de iniciar um programa para estimular a aviação regional no Brasil, que perdeu força recentemente. De acordo com o ministro, as medidas de curto prazo que estão sendo adotadas têm como objetivo principal descongestionar o aeroporto de Congonhas. "Ou seja, queremos fazer com que Congonhas volte à sua capacidade nominal", afirmou. Segundo ele, o aeroporto pode receber até 12 milhões de pessoas, mas atualmente 18 milhões de pessoas circulam em Congonhas. "São os congestionamentos que exigem a realização de obras emergenciais aqui em Guarulhos." De acordo com Jobim, o congestionamento ocorreu porque Congonhas tornou-se uma central de distribuição, que recebia as conexões de vôos do Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Confins, além das demais rotas com destino às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. "Congonhas era efetivamente o centro de distribuição nacional. E isso em um aeroporto que não tem área de escape e com necessidade inevitável de expansão", explicou. Jobim afirmou que o brigadeiro Jorge Godinho, a Anac e com as empresas trabalharão na definição desta nova malha aérea brasileira, com o fim da realização de conexões e escalas em Congonhas.

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