05 de setembro de 2013 | 02h15
Paralelamente à decisão da empresa canadense, a cidade tinha um serviço de transporte pouco eficiente, desequilibrado e operado por diversas empresas. Naquela época, o bonde era o principal meio de transporte e os serviços de auto-ônibus eram administrados por diversas empresas particulares.
Não havia muita exigência para conseguir um alvará para operar linhas, bastava garantir cinco carros (um de reserva). As linhas de ônibus ligavam os bairros ao centro. O serviço era instável, as linhas menos lucrativas frequentemente eram abandonadas. Um decreto federal de 1941 obrigou a Light & Power a continuar prestando o serviço de bondes. Mas a busca por padronização do transporte público era caminho sem volta, "a atribuição do serviço municipal de transporte por ônibus a uma única empresa concessionária (...) uniformizaria os serviços prestados (...) permitiria que os saldos provenientes das linhas mais produtivas fossem aplicadas na melhoria dos serviços. (...) Haveria numa palavra, um só serviço, uma só contabilidade, uma só caixa..." (Estado, 8/02/1946).
A Companhia começou a operar com 523 bondes comprados da Light e 599 ônibus de 16 empresas particulares. Privatizada em 1993, a empresa colecionou déficits, de passageiros e ônibus por linha e orçamentário.
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