
04 de março de 2008 | 15h50
Uma falha em um disjuntor na subestação Bandeirantes da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) causou um apagão na zona sul da capital paulista e em parte da cidade de Embu nesta terça-feira, 4, informou o diretor de operação da empresa, Celso Cerchiari. Veja também:Serra pede explicações para falta de energia em SPSaiba como agir se o seu aparelho elétrico pifar após apagãoApagão elétrico atinge 690 mil casas em São Paulo Cerca de 690 mil clientes da Eletropaulo ficaram sem luz nesta manhã, ou cerca de 12% do total de consumidores da distribuidora na região metropolitana de São Paulo. O problema na subestação da CTEEP foi detectado pouco antes das 9h e toda a energia foi restabelecida em menos de 1 hora, disse o diretor da empresa. Mais cedo, a assessoria de imprensa da CTEEP e da Eletropaulo haviam informado que parte dos bairros atingidos ainda permanecia sem luz e que as companhias trabalhavam para solucionar o problema. O diretor da CTEEP disse que, em situações como a ocorrida nesta manhã, ocorre uma transferência automática de apenas parte da carga de energia para outra subestação próxima. "Para você ter 100% da cargas com backup o investimento é altíssimo, e isso refletiria na tarifa do consumidor", afirmou Cerchiari. Falta de investimentos O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp) atribuiu o apagão que deixou 24 bairros paulistanos sem luz à falta de investimento na transmissão e em fontes alternativas de energia. Segundo a entidade, o problema era "previsível", por causa da sobrecarga de consumo de energia na capital. "A questão do investimento não é uma atribuição da empresa, todo o investimento hoje é regulado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE)", rebateu o diretor da CTEEP. "Quando se fala em falta de investimentos, temos que olhar o que está planejado e ir ao órgão regulador." Apesar disso, o executivo reconheceu que o crescimento do Brasil impõe desafios ao setor energético. "Cada vez mais vamos ter que acelerar os investimentos, não só para atender a demanda mas para garantir a confiabilidade do sistema." "A expansão do sistema de transmissão está bem planejada, o que precisamos é viabilizar através do regulador que a obra saia a tempo e no momento certo", concluiu.
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