Comércio de rua deve reabrir amanhã em SP; shoppings abrem na quinta

Detalhes deverão ser divulgados nesta tarde pela Prefeitura, que anunciará horários especiais de funcionamento

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Por Bruno Ribeiro e Paloma Côtes
Atualização:

A Prefeitura de São Paulo vai liberar a partir desta quarta-feira, 10, o funcionamento do comércio de rua na capital paulista. No caso dos shoppings centers, a liberação deve ocorrer na quinta-feira, 11. O anúnciofoi pela gestão Bruno Covas (PSDB)  na tarde desta terça-feira, 9.

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As lojas deverão respeitar o limite de funcionamento máximo de quatro horas por dia, e se comprometeram a abrir das 11h às 15h. Já era parte da negociação que vinha ocorrendo a premissa de que o horário não poderia coincidir com os horários de pico do trânsito (das 7h às 10h e das 17h às 19h). 

A informação foi divulgada na manhã desta terça pela CNN Brasil e confirmada pelo Estadão. Os locais também terão de respeitar uma lotação máxima de 20% da capacidade e adotar ações como oferecer álcool em gel e orientar clientes para evitar aglomerações. As regras estão sendo negociadas desde a semana passada. 

Bruno Covas, prefeito de São Paulo Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Representantes de 27 entidades representativas de setores comerciais assinaram um termo de compromisso com a Prefeitura se comprometendo a seguir as regras. “A expectativa agora é que amanhã, a gente também consiga assinar com o setor de shoppings centers para que também possam votar a funcionar a partir de quinta-feira e, com isso, já teremos assinado com 5 setores”, disse Covas, segundo nota divulgada pela Prefeitura.

Em alguns shoppings da cidade, os gestores já instalaram câmeras com detecção de temperatura nos locais de entrada, para evitar o acesso de pessoas com sintomas da covid-19. Separadores de filas, com locais delimitados para garantir o distanciamento de um metro entre os clientes, também estão sendo instaladas.

Ainda segundo a Prefeitura, as entidades se comprometeram a dar apoio a funcionárias e funcionários "que não tenham quem cuide de seus dependentes incapazes no período em que estiverem fechadas as creches, escolas e abrigos – especialmente as mulheres, que são mães".

Covas afirmou ainda que os setores se comprometeram a arcar com a testagem de funcionários que apresentarem sintomas da doença. O prefeito divulgou um vídeo anunciando a reabertura. Veja ele aqui:

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A liberação especial também vale para imobiliárias. O setor da construção civil não parou na cidade, mas o comércio presencial de imóveis também estava vedado pelas regras da quarentena.

A cidade de São Paulo está há duas semanas na classificação laranja, a segunda mais grave, em uma escala de cinco classificações do Plano São Paulo, a iniciativa da gestão João Doria para coordenar a reabetura do Estado em meio à pandemia do coronavírus. Hoje à tarde, as equipes de Doria e Covas terão uma reunião para tratar do assunto, com suas equipes médicas e econômicas, no fim da tarde, no Palácio dos Bandeirantes. 

Até a noite desta segunda-feira, 8, a capital tinha uma taxa de ocupação de 64% nos seus leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A cidade está com 1,842 pessoas internadas por causa da covid-19, além de 918 pessoas com suspeita ou com quadro de síndrome respiratória aguda grave.

A secretária estadual de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, uma das coordenadoras do Plano São Paulo, defendeu a proposta da Prefeitura paulistana. "Se olharmos pela evolução da pandemia, o número absoluto de casos dessa semana versus a semana anterior está reduzindo, internações estão estabilizadas com pequena queda e óbitos caíram em relação ao total da semana anterior. Os dados mostram que São Paulo está em um momento diferente", disse.

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"Agora, se por algum motivo, por descumprimento ou retomada mais acelerada os indicadores vierem a piorar, o prefeito Bruno Covas já disse aqui que está comprometido a retroceder. Esse é um plano dinâmico e temos de olhar os dados diariamente", afirmou Patrícia, durante coletiva do governo do Estado para apresentar a atualização dos dados da pandemia. São Paulo voltou a bater recordes de número de mortes nas últimas 24 horas

Segundo dados do governo do Estado, a cidade de São Paulo aumentou de 26,1 para 28,4 a taxa de número de leitos  de UTI para cada 100 mil habitantes entre o dia 1º de junho, quando o Plano São Paulo passou a valer, e a última segunda-feira, dia 8. Nas duas semanas anteriores ao dia 1º, o número de internações de pacientes confirmados ou com suspeita de covid-19 havia crescido 7%. Essa mesma comparação, considerando ontem, dia 8, e as duas semanas anteriores, foi negativa: queda de 0,3%

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